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Golpes Cibernéticos: O que fazer e como evitar

15 de setembro de 2022

Conheça os golpes cibernéticos mais comuns e o que fazer caso caia em algum deles

Segundo matéria divulgada pelo jornalista Felipe Demartini, em agosto deste ano, o Brasil foi o 2º país da América Latina que mais sofreu ataques cibernéticos em 2022, num total de 31,5 bilhões de ocorrências detectadas contra empresas e pessoas físicas.


A entrada do PIX e o crescente uso de criptomoedas tem atraído os olhares dos criminosos, que utilizam da humildade das pessoas para aplicarem seus golpes. Tendo como referência um artigo da Polícia Civil do Estado de São Paulo, conheça os principais golpes realizados por meio eletrônicos, como evitar e o que fazer caso tenha caído.


1. Clonagem de WhatsApp

A clonagem de WhatsApp é bastante comum. Nela, o criminoso entra em contato com a vítima se passando por funcionário de algum site de compra ou mesmo de algum estabelecimento bancário. Com o objetivo de clonar seu WhatsApp, envia para o celular dela uma senha, que na verdade é o código de confirmação do Aplicativo. Ao enviar o tal código, o criminoso clona o WhatsApp e envia mensagens para os contatos que percebe serem os mais próximos solicitando quantia em dinheiro através de algum tipo de desculpa que ele dá.


Para evitar:

a) Ative a "Confirmação em duas etapas" disponibilizado pelo Aplicativo;

b) De forma alguma forneça o código de confirmação recebido por SMS;

c) Jamais instale aplicativos terceiros ou compartilhe informações pessoais;

d) Desconfie de quem pede transferência bancária com urgência;

e) Ligue para aquele que solicitou e peça maiores informações da necessidade.


Ao ser vítima:

a) Procure a Delegacia de Polícia mais próxima com as informações que tiver;

b) Informe seus contatos sobre a clonagem e peça para que eles excluam.

c) Se você fez o pagamento, entre em contato com o banco e busque bloquear o valor, providencie prints e o comprovante de pagamento, e busque a Delegacia mais próxima.


Boleto Falso

O golpe do boleto falso faz com que a vítima pague um boleto do qual tem posse, mas que seu código de barras teve uma alteração. O  valor pago, portanto, cai diretamente na conta do criminoso.


Para evitar:

a) Verifique os dados de quem lhe vendeu o produto ou serviço;

b) Verifique se os três primeiros números do código de barras são de fato do banco da qual há uma logomarca no boleto;

c) Observe a qualidade do código de barras, inclusive seus espaçamentos;

d) Jamais imprima boletos em sites que não sejam da própria empresa prestadora do serviço;

e) Na dúvida, entre em contato com o fornecedor do produto ou serviço.


Ao ser vítima:

a) Entre em contato com o banco e tente bloquear o valor;

b) Guarde sempre o comprovante de pagamento e demais documentos;

c) Procure a Delegacia mais próxima com a maior quantidade de informações.  


Fraude bancária

Para esse tipo de crime, há diversas modalidades. Entre elas:

a) O criminoso finge ser algum tipo de funcionário da instituição bancária e informa que a vítima estar com problema em seu cadastro. A vítima fornece seus dados bancários e através dessas informações os bandidos realizam transações.


b) Entrando em contato, dizem do mesmo modo ser funcionário e informando algum tipo de problema, mas agora com o cartão da vítima. Deste modo, pedem para que ela digite no teclado a senha do seu cartão e, na sequência, enviam um motoboy para a retirada do cartão. Na posse do cartão e da senha, realizam transações bancárias.


Ao ser vítima:

a) Entre em contato imediatamente com o banco e busque o bloqueio dos valores;

b) Tire cópia de todos os documentos, incluindo o comprovante de pagamento e o extrato das transações bancárias;

c) Procure a Delegacia mais próxima da sua casa com a maior quantidade de informações sobre o crime.

 

Sites de comércio eletrônico fraudulentos

O criminoso cria um site na internet muito próximo de grandes lojas existentes, fazendo com que a vítima acredite ser aquela a verdadeira e, portanto, que esteja fazendo uma compra legítima. Ao comprar alguns produtos e efetuar o pagamento, a mercadoria não chega em sua posse, fazendo com que a vítima perceba o golpe.


Para evitar:

a) Procure utilizar nas compras equipamentos próprios, como computador, notebook, smartphone, entre outros;

b) Atente-se às informações do site aos produtos que deseja adquirir. Observe as informações, tais como o CNPJ da empresa, os erros de português, e as informações técnicas;

c) Busque ter um parâmetro do preço comparando com outras empresas. Geralmente, os golpistas utilizam de promoções e deixam os preços muito baixos;

d) Pesquise sobre a reputação do site em que deseja realizar as compras (Reclame Aqui ou redes sociais...);

e) Verifique a segurança do site. Sites seguros possuem um cadeado no local do seu link e o próprio endereço.


Ao ser vítima:

a) Verifique se o site ainda está no ar e copie o endereço eletrônico;

b) Faça alguns prints da página e do produto que comprou;

c) Tire uma cópia do boleto bancário e do comprovante de pagamento;

d) Com as informações, procure a Delegacia mais próxima de sua casa.


Extorsão por nudes ou Sextorsão

Em regra, o criminoso tem algum relacionamento com a vítima, mas também pode ser que a própria vítima tenha compartilhado algum conteúdo por impulso. Também pode acontecer que o agressor faça a ameaça sem ter o conteúdo e a vítima acredite que o criminoso tenha a posse ou, tendo, adquiriu por meio de invasão de contas e/ou dispositivos. Na posse, o criminoso ameaça a vítima com o objetivo de adquirir vantagens sexuais ou alguma quantia em dinheiro para que não divulguem essas imagens.


Para evitar:

a) Jamais compartilhe fotos e vídeos íntimos;

b) Não armazene em seu celular ou computador esses arquivos;

c) Desconfie de pedidos de amizade em redes sociais;

d) Jamais participe de chamadas de vídeo com desconhecidos;

e) Sempre instale um antivírus.


Ao ser vítima:

a) Tire print de toda a conversa com o criminoso;

b) Salve o nome completo, se utilizado redes sociais, e o link do perfil;

c) Guarde todos os números de telefone utilizados pelo criminoso, bem como as datas de contato e os horários das conversas;

d) Anote as contas bancárias, caso tenha sido informada pelo criminoso;

e) Procure a Delegacia de Polícia mais próxima de você.


Fontes

Prevenção a Crimes Cibernéticos (policiacivil.sp.gov.br)

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